Exercite-se

Hipotireoidismo


Preparados para mais um Exercite-se? Nesse você terá que se lembrar das aulas de endocrinologia!!! Sei que você pensou: “Oba, sou muito bom em endócrino!!!” Não é verdade? Chega de enrolação e bora começar?


Paciente do sexo feminino, 25 anos, residente de Diamantina, gari, chega ao seu consultório da ESF com queixa de humor depressivo, que começou há cerca de quatro meses. Nega associação com algum episódio em sua vida. Ela diz: “Estou muito desanimada, sinto vontade de chorar sem motivo nenhum, e não estou tendo energia para limpar a rua como antes.” Nega doenças crônicas, alergias e internações. Durante o interrogatório sintomatológico referiu cansaço, ganho de peso, constipação e amenorreia que começou também há quatro meses. Nega outras queixas.


1) Você pensa: “Provavelmente deve está alterado o eixo hormonal...:”

A. Hipotálamo-hipófise-tireoide

B. Hipotálamo-hipófise-ovário

C. Hipotálamo-hipófise-fígado


2) Como você é excelente médic@, decide realizar algumas perguntas para refinar sua anamnese, o que você NÃO deve deixar de investigar?

A. História familiar de doenças tireoidianas

B. Presença de Doenças auto-imunes

C. Uso de drogas: Amiodarona

D. Já houve Irradiação Cervical com iodo?

E. Todas as alternativas acima


3) A paciente nega DM, doença celíaca, uso de medicamentos, histórico de irradiação com iodo e revela: “Minha mãe tem tiroide”. Ao exame físico: BEG, Corada, hidratada, acianótica, anictérica. Pele ressecada, PA: 130x80 mmHg, FC: 55 bpm, AC: RCR 2T s/ sopro. Tireoide fibroelástica, tamanho normal sem nódulos à palpação. Diante desse quadro, qual a melhor conduta tomar?

A. Diagnostica hipotireoidismo, visto que ela apresenta sintomática, e já prescreve medicamento.

B. Diagnostica hipertireoidismo, visto que ela apresenta sintomática, e já prescreve medicamento.

C. Pede para dosar THS e T4 total

D. Pede para dosar TSH e T4 livre.

E. Pede para dosar TSH, T4 livre e total, T3 livre e total

F. Pede para dosar TSH, T4 livre e anti-TPO

G. Pede para dosar TSH, T4 total e anti-TRAb


4) O hipotireoidismo é uma doença que pode alterar parâmetros laboratoriais, quais NÃO tem chance de estar alterados na sua paciente?

A. Todas os parâmetros podem estar alterados.

B. Prolactina

C. Hemograma

D. Colesterol e frações

E. Gonadotrofinas


5) A paciente comparece à consulta de retorno com os seguintes resultados de exames: TSH 11 mU/L (ref: 0,45 – 4,5mU/L) e T4 livre 0,2 ng/dL (ref: 0,9-2ng/dL). “Qual é meu diagnóstico Doutor@?”

A. Hipotireoidismo Primário.

B. Hipotireoidismo Subclínico.

C. Hipertireoidismo.

D. Hipertireoidismo subclínico.

E. Hipotireoidismo Central.


6) “E agora doutor@? Vou ter que tomar remédio e fazer mais exames?”

A. “Devido ao seu diagnóstico, vou ter que solicitar uma ressonância magnética de sela túrcica.”

B. “Vou prescrever pra você Levotiroxina em dose mínima e dosar T4 livre após 4-6 semanas”.

C. “Vou prescrever Levotiroxina em dose plena e dosar TSH após 4-6 semanas.”

D. “Você vai repetir o exame de TSH e T4 livre 2-3 meses para confirmar o diagnóstico”.


7) Você então explica a paciente que ela possui hipotireoidismo e precisa fazer uso de Levotiroxina diariamente. A paciente fica triste e diz ser muito nova para usar medicamento todos os dias. A paciente retorna em 6 semanas com os seguintes resultados de exames: TSH 4,3 mU/l, T4 livre 1ng/dl. Afirma ainda, que nesse intervalo, acabou engravidando. Diante deste novo fato, qual deve ser sua conduta?

A. Cessar a medicação, pois pode ser prejudicial ao desenvolvimento do feto.

B. Tratar ambulatorialmente apenas se a paciente apresentar algum sintoma.

C. Tratar com levotiroxina e encaminhar para o pré-natal de alto risco.

D. Pelos resultados do exame, a paciente deve ser apenas acompanhada durante a gestação, sem qualquer uso de fármacos.


8) A paciente está relutante em usar o medicamento durante sua gestação. Assim, você tenta convencê-la falando dos riscos para o bebê, dentre as possíveis consequências qual você NÃO pode falar para a mãe?

A. Parto prematuro.

B. Baixo peso ao nascer.

C. Risco aumentado de aborto.

D. Hipertensão gestacional.

E. Déficit no desenvolvimento neurocognitivo.

F. Espinha bífida.


9) Mais conformada, ela aceita tomar o medicamento. Em relação à dosagem você:

A. Diminui a dose do medicamento

B. Não modificar a dose do medicamento.

C. Aumentar a dose do medicamento.


10) Após seis semanas, ela retorna para a consulta de pré-natal na ESF com os resultados dos exames. O valor esperado de TSH para gestantes hipotireodeias no primeiro trimestre é < 2,5 um/L, o qual na sua paciente apresentou-se elevado. O que você deve pensar?

A.“É necessário ajustar a dose?”

B. “Ela não aderiu ao esquema terapêutico proposto (faz uso de subdose, horários esquivados e inconstância no tratamento)?”

C. “Está tomando o medicamento em jejum?”

D. “Fez uso de outras medicações durante a terapia?”

E. “Será que ela apresenta alguma doença de má absorção?”

F. “Ela trocou a marca do medicamento?”

G. “Tenho que pensar em todas as alternativas”


Esperamos que você tenha gostado e relembrado/aprendido muito com a gente! Beijos!!!


REFERÊNCIAS:

ANDRADE V.A.; GROSS J.L.; MAIA A.L. Tratamento do Hipertireoidismo na Doença de Graves. Arq Bras Endocrinol Metab. Vol.45 Nº.6 São Paulo Dec. 2001.

BAHLS, S.C.; CARVALHO, G.A. A relação entre a função tireoidiana e a depressão: uma revisão. Rev. Bras. Psiquiatr., v. 26, n.1, p. 41-49, 2003. Disponível em: < www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000100012>. Acesso em: 22/07/18.

BRENTA, G. et al. Diretrizes clínicas práticas para o manejo do hipotireoidismo. Arq. Bras. Endocrinol. Metabol., v. 57, n. 4, 2013. Disponivel em:< www.scielo.br/pdf/abem/v57n4/pt_03.pdf >. Acesso em: 22/07/18.

MARTINELLI JR, C. E. et al. et al. Diagnóstico da Deficiência de Hormônio de Crescimento, a Rigor de IGF-1. Arq Bras Endocrinol Metab[online].v.46, n.1, p.27-33 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/ scielo.php?pid=S0004-27302002000100005&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 22/07/18.

LOPES, H. J. J. Função tireoidiana. Principais testes laboratoriais e aplicações diagnósticas. Gold Analisa Diagnóstica Ltda. 2002. Disponível em:http://www.goldanalisa.com.br/arquivos/%7B43E10487-14C1-40F6-84F8-BEF35A95D379%7D_Funcao_Tireoidiana[1].pdf. Acesso em: 22/07/2018.

ROBBINS, Stanley L.: Robbins e Cotran: Patologia - Bases patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.



Gostaria de entrar em contato conosco?
Clique no endereço abaixo para nos enviar um e-mail
Estamos abertos a feedbacks e sugestões

saudenovale.ufvjm@gmail.com